data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Divulgação IBGE
O Censo do próximo ano terá, pela primeira vez, perguntas específicas para as comunidades quilombolas. Foram acrescidos dois questionamentos às 76 perguntas já existentes: se a pessoa se considera daquele grupo étnico e a qual comunidade ela pertence.
O coordenador estadual da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Roberto Potacio Rosa, diz que ser considerado na contagem do IBGE é uma luta de muitos anos:
- Fazer parte do rosto da geografia do Brasil e passar a ter visibilidade oficial é muito importante. Vamos existir de fato e direito. Precisamos saber quem somos, onde estamos e como é nossa realidade social para buscarmos políticas públicas efetivas para o nosso povo - explica.
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A estimativa é que existam cerca de 150 comunidades quilombolas no Rio Grande do Sul, 12 delas localizadas na região Central (em Formigueiro, São Sepé, Santa Maria, Nova Palma, Santa Maria e Restinga Sêca).
Os quilombos eram usados como refúgio no meio da mata para os negros que conseguiam fugir no período de escravidão no Brasil (séculos XVII e XVIII).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de Santa Maria realizou a primeira prova piloto do questionário temático do Censo 2020 em outubro deste ano na comunidade quilombola de São Miguel do Carvalho, em Restinga Seca.
- Nós testamos o aplicativo do Censo para apontar possíveis problemas e erros e já pudemos ter uma noção de como a novidade seria recebida - explica o coordenador de área da agência do IBGE em Santa Maria, Mário de Avila.
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Esta será a segunda vez que o Censo realiza mapeamento de minorias. Em 2010, já havia feito com as comunidades indígenas.
A aplicação do questionário ocorrerá em 12 estados, além do Rio Grande do Sul: Acre, Amapá, Rondônia, Maranhão, Ceará, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Santa Catarina.